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"Há muito tempo que ela não sorria tão espontaneamente. Há muito tempo que ela não sentia tamanha vontade de viver, de ser feliz, de fazer as coisas boas da vida. Não, ela não está apaixonada… ela simplesmente se desapegou das coisas que não lhe faziam bem."

Carinhos Guardados ♥

27 junho 2011

A Liberdade é a resposta de tudo?

A Liberdade é a expressão máxima do significado de Ser humano. Sem Liberdade, não há qualquer horizonte de emancipação civilizacional. Entretanto, apesar dessa conquista histórica representar um genuíno avanço sobre a passagem de uma compreensão do humano como Objeto - veja-se a Escravidão, por exemplo - para o Ser, há, ainda, muito trabalho reflexivo a ser feito nessa era de transições, tal como sugere Habermas. A Liberdade é considerada em alguns países um valor absoluto. Reitero: não há nenhum problema em se conferir o significado proposto por essa categoria como fundamento de expressão humanitária, mas a interpretação da qual se faz desse caráter ABSOLUTO impede, muitas vezes, a revisão e adequação dessa perspectiva para a criação de outros modos de vida, especialmente coletivos. Não obstante a Liberdade redesenhe a definição da Condição Humana, parece que as pessoas não a conseguem enxergar como o espaço de reflexão de seus modos de pensar e agir. Não é possível deteminar que o valor da Liberdade seja maior que outro. Os princípios propostos por qualquer Ordenamento Jurídico não possuem, entre si, hierarquia. Todos estão no mesmo patamar de equivalência, mas a concentração da Liberdade em se fazer apenas o que se deseja em desprezo ao diferente, ao Outro, denota a postura da elipse do ego, ou seja, tudo gira em torno de mim e minhas aspirações, meus desejos. A Liberdade precisa ser compreendida não apenas como o primeiro passo de se imprimir o desenvolvimento pessoal. A citada categoria se revela pelo (e com) o Outro. Liberdade e Alteridade são fenômenos complementares. É preciso saber, sim, como o exercício da Liberdade se realiza frente ao Rosto (Lévinas) alheio. Importa, sim, como menciona Peter Singer, determinar como a Liberdade de gastar nosso dinheiro repercute na vida alheia, principalmente diante de cenários com graus altos de miserabilidade humana, em como cada ação está interligada a todas as outras, em como a vida é complexa e jamais se resume a tãos-somente à postura egocêntrica. A perspectiva individual da Liberdade tem, reitero, LIMITES. Essa deve ser a preocupação política jurídica dos Operadores do Direito, pois essa situação é um problema moral. Liberdade evidencia HUMANIDADE, mas não pode estar sentada no trono de Zeus, pois essa atitude implica em retirar a sua eficácia para (e entre) seres humanos.
By: Sergio Aquino




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